segunda-feira, 6 de julho de 2009

CORPO DA IDADE DA PEDRA SOFRE NA MODERNIDADE


RESUMO DE ARTIGO PUBICADO NO “JORNAL DA CIÊNCIA 07 de Abril de 2009.

Por Alessandra Luglio - Nutricionista Clinica

Clínica Dr. Jota Rodrigues (nutricionista@drjota.com.br)


Falta de atividade física regular se torna um dos grandes desafios à saúde pública mundial no século XXI

Num estudo recente, a falta de atividade física é classificada como um dos maiores problemas de saúde pública deste século. Prima-irmã da obesidade, a inatividade é fator de risco para doenças cardíacas e metabólicas. A atividade física ajuda a emagrecer (embora dieta seja o mais importante para perder peso) e é fundamental para o bom funcionamento de todo o corpo.

O nível de atividade física na modernidade diminuiu consideravelmente.
Em função do avanço tecnológico, da melhoria nos transportes e do aumento do conforto, baixou o que chamamos de atividade física espontânea (deslocamento, trabalho, tarefas domésticas etc.) e aumentou o tempo de atividades sedentárias como ver TV ou usar o computador.

A professora Mara Patrícia Chacon Mikahil, do Laboratório de Fisiologia do Exercício da Faculdade de Educação Física da Unicamp complementa:

— Os hábitos modernos reduzem a demanda por atividade. A primeira coisa a fazer é se convencer que o movimento faz parte da nossa natureza. Tratar isso como hábito essencial. Encarar como comer, dormir e escovar os dentes. Passar a andar menos de carro e de elevador já ajuda. Mas o ideal é dedicar, pelo menos, cerca de 50 minutos duas vezes por semana para uma atividade física moderada, como caminhar depressa ou andar de bicicleta. Isso é o mínimo para não ser considerado uma pessoa não ativa.

Alguns especialistas dizem que no fundo tudo é uma questão de adequação ao projeto. No caso, o do nosso corpo. O ser humano evoluiu nas savanas africanas. Surgida há cerca de 150 mil anos, nossa espécie passou a maioria deles numa longa e interminável corrida diária atrás da comida. Havia fast food. Mas esta era mesmo rápida, tinha patas, asas e fugia dos caçadores sempre que possível. Era preciso perseguir a comida.
A opção vegetariana também não envolvia preguiça. Como os povos caçadores-coletores de hoje ainda fazem, os antigos humanos andavam, andavam e andavam atrás de frutos, raízes e o que mais fosse possível comer. Os últimos séculos testemunharam mudanças profundas do modo de vida. E o século XX marcou transformações radicais. Só que o corpinho da Idade da Pedra continua o mesmo no século XXI.

— Definitivamente, nosso corpo não foi projetado para o sedentarismo. A facilidade de acúmulo de gordura, que já foi útil um dia para armazenar energia e proteger do frio, e a dificuldade orgânica que temos em adaptar a fome e a saciedade às necessidade atuais de ingestão de comida sugerem isso — diz Marcelo Cabral.

Opinião semelhante tem Vera Aparecida Madruga. Ela destaca que exercícios ajudam a emagrecer, mas é fundamental comer menos e melhor. Segundo Vera, comemos muitos alimentos não apropriados:

— A quantidade de alimentos diversificados e sem qualidade aumentou.

Num mundo ideal, as pessoas deveriam combinar atividades aeróbicas, como corrida e ciclismo, com musculação, que dá maior massa muscular e ajuda o corpo a executar as tarefas cotidianas.

Mais informações:

http://www.jornaldaciencia.org.br

Nenhum comentário:

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails

MegaContador

Contador de visitas